O café é uma das bebidas mais consumidas e apreciadas no mundo, além de ser um importante produto agrícola para muitos países, especialmente o Brasil, que é o maior produtor e exportador de café do mundo, e o segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos.
O mercado de café é dinâmico e influenciado por diversos fatores, como a oferta e a demanda, o clima, os custos de produção, a qualidade, os hábitos de consumo, as políticas públicas, as tendências globais, entre outros. Em 2020, o consumo mundial de café chegou a 21,2 milhões de sacas, registrando um crescimento de 1,34% em relação a 2019, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19. O Brasil foi responsável por 14,4% desse consumo, com um aumento de 1,6% na demanda interna.
Em 2020, o Brasil também produziu 54,94 milhões de sacas de café, sendo 47,4 milhões de sacas de café arábica e 7,54 milhões de sacas de café conilon. A produção brasileira representou 34,5% da produção mundial, que foi de 159,1 milhões de sacas. O Brasil exportou cerca de 2,2 milhões de toneladas de café, o equivalente a 39,4 milhões de sacas, para 145 países, gerando uma receita de US$ 9,2 bilhões. Os principais destinos do café brasileiro foram os Estados Unidos, a Alemanha, a Itália, a Bélgica e o Japão.
O preço do café no mercado internacional é determinado pela Bolsa de Nova Iorque (NYBOT), para o café arábica, e pela Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), para o café robusta. Esses preços são influenciados pela oferta e demanda global, pela especulação financeira, pelas variações cambiais, pelos estoques, pelos custos de transporte, entre outros fatores. Em 2020, o preço médio do café arábica na NYBOT foi de 111,09 centavos de dólar por libra-peso, um aumento de 6,4% em relação a 2019. O preço médio do café robusta na Bolsa de Londres foi de 1.333,33 dólares por tonelada, uma queda de 5,9% em relação a 2019.
O mercado de café em 2021 e 2022
O ano de 2021 começou com uma perspectiva positiva para o mercado de café, com preços elevados e demanda aquecida. No entanto, alguns fatores podem afetar o desempenho do setor, como a segunda onda da pandemia de Covid-19, que pode reduzir o consumo fora de casa e o fluxo de turismo, a valorização do dólar frente ao real, que pode encarecer os insumos e os investimentos na produção, e as condições climáticas, que podem prejudicar a qualidade e a quantidade da safra.
Segundo a Conab, a safra brasileira de café em 2021 deve ficar entre 43,85 milhões e 49,58 milhões de sacas, uma redução de 9,4% a 18,1% em relação a 2020. Essa queda se deve ao ciclo bienal do café arábica, que alterna anos de alta e baixa produtividade, e à seca que afetou as principais regiões produtoras em 2020. A safra de café conilon, por outro lado, deve crescer entre 3,6% e 13,1%, beneficiada pelas chuvas e pelo aumento da área plantada.
A OIC estima que o consumo mundial de café em 2021 deve ficar em torno de 167,81 milhões de sacas, uma queda de 1,6% em relação a 2020. Essa redução se deve ao impacto da pandemia de Covid-19, que afetou principalmente o consumo fora de casa, nos cafés, restaurantes, hotéis e escritórios. No entanto, a OIC prevê uma recuperação gradual do consumo à medida que as vacinas sejam distribuídas e as medidas de restrição sejam flexibilizadas.
Para 2022, as expectativas são de um aumento da produção e do consumo de café no mundo, com a retomada da atividade econômica e a normalização da demanda. O Brasil deve ter uma safra recorde de café arábica, superando 60 milhões de sacas, devido ao ciclo bienal favorável e aos investimentos em tecnologia e manejo. O mercado de café também deve se beneficiar das tendências de sustentabilidade, qualidade, diversificação, inovação e digitalização, que devem impulsionar o consumo de cafés especiais, orgânicos, gourmet, funcionais, personalizados e de origem rastreável.
O café é um produto que faz parte da cultura, da economia e da história do Brasil e do mundo. O mercado de café é um setor dinâmico e desafiador, que requer atenção, planejamento e adaptação constantes. O café é também uma bebida que proporciona prazer, saúde e bem-estar para milhões de pessoas. Por isso, neste Dia Mundial do Café, celebramos o café e todos os envolvidos na sua produção, desde o produtor até o consumidor final. Parabéns a todos os apaixonados por café!
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